MINICURSOS
TERÇA-FEIRA - 04 DE JULHO DE 2017
MINICURSO 1: Literaturas e formas de pensamento indígena: caminhos entrecruzados - Paula Santana (UFRPE/UAST)
A produção de conhecimento e a produção literária indígena são periféricas em vários níveis de intersecção: localizam-se, quase sempre, fora dos centros urbanos, e existem/resistem na tradição oral, em meio a um contexto social e cultural hegemônico que se legitima pela escrita. Para complexificar ainda mais essa realidade social canônica, responsável pela legitimidade de saberes, há a violência física e simbólica perpetrada pela sociedade envolvente aos povos indígenas desde a invasão do Brasil. Diante deste cenário de subalternidade, apagamentos e silenciamentos este minicurso propõe um mergulho nessas formas de enxergar o mundo e produzir conhecimento sobre ele, a partir das experiências, das cosmogonias e das literaturas de povos indígenas amazônicos e da caatinga pernambucana.
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MINICURSO 2: A subalternização da mulher africana - Zuleide Duarte (UEPB)
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MINICURSO 3: Ensino de línguas no Brasil – qual política linguística seguir? - Flávia Conceição (UFRPE/SEDE)
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MINICURSO 4: Análise de Livro Didático - Jailze Oliveira Santos (UFRPE/UAST)
O minicurso visa estabelecer parâmetros para analisar livros didáticos de língua portuguesa. Sabemos que a utilização do livro é demasiadamente supervalorizada nas nossas escolas, no entanto, para utilizar este recurso pedagógico de ensino, devem-se considerar alguns parâmetros (PNLD- Plano Nacional do Livro Didático). Pretende-se assim analisar as atividades propostas em um determinado livro, bem como apreciar a abordagem metodológica dos conteúdos abordados.
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MINICURSO 5: Língua Inglesa e relações interculturais - Julio Vila Nova (UFRPE/SEDE)
Este minicurso discute a experiência de aprendizado de uma língua estrangeira como uma oportunidade para o desenvolvimento da compreensão das culturas dos povos falantes do idioma, bem como das relações interculturais que se estabelecem no mundo atual, caracterizado por processos de hibridização e pela dinâmica das comunicações internacionais. Abordamos conceitos relevantes para a área, como diversidade cultural, estereótipos, choque cultural, conflitos étnicos etc., e propomos a análise e elaboração de material didático para o ensino de língua inglesa sob esse enfoque, em nível básico e intermediário, na perspectiva teórica dos gêneros discursivos e do letramento cultural.
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MINICURSO 6: Cinco tópicos do feminismo negro – uma introdução - Lívia Natália (UFBA)
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MINICURSO 7: Letramento e alfabetização para surdos - Roberto Williams (UFRPE/UAST)
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MINICURSO 8: A discussão de Gênero e Diversidade na formação docente - Virgínia Cavalcanti Pinto (UFRPE/UAST)
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MINICURSO 9: Processos Fonológicos à luz da Sociolinguística - André Pedro da Silva (UFRPE/SEDE)
QUINTA- FEIRA - 06 DE JULHO DE 2017
MINICURSO 10: A mulher na ascensão do romance moderno - Johnny Martins (UFRPE/UAG)
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MINICURSO 11: Interculturalismo e inglês na prática - Larissa Cavalcanti (UFRPE/UAST)
A abordagem intercultural surgiu para reorientar as práticas de ensino de línguas do mundo globalizado dando ênfase às questões interpessoais manifestas na convergência de manifestações culturais socio-historicamente situadas durante o uso da língua estrangeira. Todavia, muito há que se debater e refletir sobre suas noções mais fundamentais e conceitos associados (como a própria noção de cultura, sua relação com a língua, distinção entre multiculturalidade e interculturalidade) principalmente para o professor de línguas, que deve integrá-los em sua prática. É objetivo do nosso minicurso estimular a apropriação de algumas noções teóricas no âmbito da interculturalidade e, então, usá-las para refletir sobre a prática docente.
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MINICURSO 12: Direitos Humanos: subjetividade, diversidade e espaço escolar - Nicole Pontes (UFRPE/UAST) e Filipe Lima (UFRPE/UAST)
Os Direitos Humanos perpassam a necessidade de análise histórica e debates que perpassem suas bases conceituais e compreendam suas implicações para o campo educacional. A construção do debate e da participação em temas atuais da vivência plena dos direitos humanos e da formação para a cidadania e respeito a diversidade mostram-se essenciais na sociedade hodierna, em especial nos espaços educacionais, razão pela qual a Educação em Direitos Humanos e o desenvolvimento de uma percepção crítica da exclusão social e a construção da igualdade nas relações humanas da sociedade brasileira. Assim, o objetivo desse minicurso é: (1) oportunizar um espaço de reflexão, análise e compreensão dos princípios, valores e direitos que caracterizam a ética, dignidade humana, a democracia e o pluralismo político; (2) conhecer os fundamentos do Estado Democrático de Direito e a concepção de justiça social e cidadania ante as atuais perspectivas das subjetividades atualmente constituídas; (3) estimular práticas sociais e escolares fundamentadas no respeito aos Direitos Humanos para construção de relações sociais mais justas, solidárias e democráticas.
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MINICURSO 13: Ensino de literatura de língua inglesa - Orison Marden (UFRN)
O ensino de literatura de língua inglesa (ou de língua estrangeira, de modo geral) é ainda um campo fértil de pesquisa, tendo em vista que a maioria das obras que tratam do ensino de literatura está no âmbito da literatura em língua materna. Outras até adentram o campo específico da literatura estrangeira, mas com o foco no ensino de língua estrangeira por meio de textos literários. Este minicurso visa, portanto, a uma discussão sobre o ensino de literatura de língua inglesa, em seus textos originais, por meio de uma perspectiva dialógica. Para tal, serão estudados conceitos como palavra, enunciado e dialogismo, bem como a relação entre língua e literatura e o embate entre o dialogismo e o formalismo russo, buscando considerações práticas ao ensino de literatura. Como prática, serão analisados dois contos do autor afro-americano Langston Hughes.
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MINICURSO 14: Mamulengo: a commedia dell'arte nordestina - Rafael de Oliveira ou Dom Pirrito II (IFPE)
O Teatro tradicional de Mamulengos tem sua origem vinculada à cultura dos engenhos no nordeste brasileiro. Apresentando bonecos, cujas estórias e cantigas são passadas através da oralidade, o minicurso oferece além da história do folguedo, a vivência com os bonecos, textos, loas e instrumentos musicais como a rabeca, a sanfona e a percussão.
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MINICURSO 15: Diálogos possíveis na literatura infanto-juvenil brasileira: do período lobateano à contemporaneidade - Sherry Almeida (UFRPE/SEDE)
Este minicurso propõe analisar temas e recursos estéticos de obras infanto-juvenis de autores como José Lins do Rêgo, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Ziraldo e Ruth Rocha, comparativamente ao universo ficcional criado por Monteiro Lobato, em seus livros que narram as histórias do Sítio do Pica-pau Amarelo. Para tanto, utilizaremos, como fundamentação teórico-crítica, trabalhos sobre literatura infanto-juvenil e formação do leitor, tais como os de Leonardo Arroyo (2011), Nelly Novaes Coelho (2010), Marisa Lajolo & Regina Zilberman (1998), J. Roberto Witheaker Penteado (2011), Antonio Candido (2002) entre outros.
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MINICURSO 16: As histórias da Beleza e da Feiura na Pintura e na Literatura - Valquíria Maria Cavalcante de Moura (UFRPE/UAST)
Os estudos sobre a noção do belo são abundantes entre filósofos e artistas ao longo do tempo. Por outro lado, o feio não encontra a mesma intensidade de estudos. Para conhecê-lo, geralmente, é preciso entrar em contado com obras que atestem e demonstrem suas características. Essas noções foram problematizadas pela pintura e pela literatura, cada uma com seus próprios meios. O minicurso tem como objetivo relacionar considerações sobre alguns conceitos de beleza e feiura na literatura e nas artes plásticas, assim como suas variações ao longo do tempo. A proposta pretende articular os livros História da beleza (2010) e História da feiura (2014), ambos de Umberto Eco, à leitura direta dos textos literários.
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MINICURSO 17: A diversidade da língua portuguesa e suas (possíveis) implicações na sala de aula - Rafael Bezerra de Lima (UFRPE/UAG) e Dayanne Teixeira Lima (UFAL)
O despertar para a diversidade linguística não é um fato recente, embora seja, ainda, recorrente nas discussões sobre língua, sobretudo naquelas que têm como foco o ensino de língua materna, estas subsidiadas, muitas vezes, pelos documentos oficiais (Constituição de 1988, Lei de Diretrizes e Bases da Educação, etc.) que orientam a prática docente. De modo geral, a história das colonizações atesta a diversidade linguística e cultural dos povos, bem como as diversas medidas tomadas para garantir a dominância do povo colonizador, como, por exemplo, a imposição de sua língua aos colonizados através do ensino. O desaparecimento de diversas línguas indígenas no vasto território brasileiro é um exemplar dessa história de repressão. Por outro lado, a língua que “herdamos” dos portugueses e que é objeto de ensino nas escolas não é uma só: o português, como qualquer outra língua, apresenta variedades linguísticas de um canto a outro do país. E é essa realidade plural do português, expressa tanto em produções orais quanto em produções escritas dos alunos, que chega à sala de aula. Diante disso, a proposta desta oficina é discutir e, ao mesmo tempo, reiterar a pertinência do reconhecimento da diversidade linguística nas aulas de português a partir de textos escritos produzidos por alunos da Educação Básica.